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História da Família de Evariste Sensaud de Lavaud




Descritivo da foto acima: a esquerda família Ferre, ao centro família Sensaud de Lavaud, a direita Antonio Agú e amigo.



Dimitri Sensaud de Lavaud
nasceu em 18/9/1882, Valladolid (Espanha) – faleceu em 21/4/1947, Paris (França)

Dimitri Sensaud de Lavaud veio morar em Osasco aos 16 anos de idade, em 1898 trazido pelo pai, o barão e industrial francês Evaristhe Sensaud de Lavaud e a mãe a russa Alexandrina (Sacha) de Bogdanoff segunda esposa do barão.

Alexandrina de Bogdanoff, mãe de Dimitri, era uma mulher culta muito a frente de seu tempo poliglota falava oito idiomas e era multi instrumentista tocava piano, violino e mandolin. Dimitri após viver parte da infância e da adolescência na Suíça, Turquia e Grécia, mudou-se com a família para o Brasil, em 1898.

Nesse mesmo ano de 1898, mediante contrato, Antonio Agu arrendou uma olaria ao barão Evaristhe Sensaud de Lavaud, que se comprometeu a construir um forno de fogo contínuo; em seguida, Evaristhe associou-se aos franceses Joseph Levy, Hermann Levy e Artur Kalm, criando a fábrica de tubos e cerâmica Sensaud de Lavaud & Cia.

Em 1903, Dimitri casa-se com a brasileira de ascendência francesa Bertha Rachoud, nascida em Campinas, com quem teria os filhos Georgeth, Robert e Gabrielle.

Interessado na leitura de livros técnicos desde a adolescência, quando também se dedicava à construção de barcos a vela, iniciou o projeto para fabricação de seu próprio avião, em 1908, aos 26 anos de idade, construindo um hangar próximo à residência de seu pai.

Ajudado pelo auxiliar mecânico Lourenço Pelegatti, constrói o aeroplano batizado de “São Paulo”, inspirado no monomotor francês Blériot. Todas as peças foram fabricadas no país com materiais nacionais.

A hélice, feita de jequitibá pelo carpinteiro Antônio Damosso, possuía 2,1 cm de diâmetro e 30 cm de largura.

O esqueleto do avião, de 10,2m de comprimento por 10m de largura, era feito de sarrafo de pinho e peroba, construído na oficina de Carlos Remedi, na Ponte Pequena.

O motor de seis cilindros, inspirado num modelo italiano, foi fundido e usinado na oficina Graig e Martins, localizada onde atualmente se encontra a Estação Sorocabana.

O voo inaugural da aeronave ocorre em 7 de janeiro de 1910, às 5h50 da manhã, em Osasco.

Após voar 103 metros, durante pouco mais de seis segundos e a uma altura variando entre 2 e 4 metros, o aparelho sofre uma pane repentina no motor e o aviador é obrigado a fazer um pouso forçado, que não chega a danificar a estrutura do avião.

O primeiro voo da América Latina foi comemorado de forma eufórica e entusiasmada, e registrado pelo jornal O Estado de S. Paulo em extensa matéria publicada no dia seguinte.

Ao longo de sua vida, realizou pesquisas e criou aparelhos que são utilizados até hoje pela indústria automobilística e aeronáutica.

Em 1912, cria o processo de fabricação de tubos metálicos por centrifugação, registrando a patente de sua criação nos Estados Unidos e no Canadá.

Foi ele quem construiu o primeiro automóvel do mundo com transmissão automática, e também a hélice de “passo variável” automático, que permite mudanças na tração da hélice dos aviões sem alterar a rotação do motor e é um dispositivo usado em todos os modernos aviões a hélice. Estes foram apenas alguns dos mais de 1,2 mil inventos patenteados por ele em diversos países.

Dimitri também voou em São Paulo com um outro aeroplano, um Blériot comprado de Giulio Piccolo, aviador italiano que se acidentou e morreu em São Paulo, em 1910. O voo de Dimitri com esse aeroplano, ocorreu na área onde futuramente seria construído o Estádio Palestra Itália, hoje conhecido como Parque Antártica, no dia 19 de fevereiro de 1911.

Após naturalizar-se brasileiro, em 1916, muda-se para o Canadá, onde permanece por alguns anos até transferir-se para a França, onde vive definitivamente a partir da década de 1920.

O barão Evaristhe Sensaud de Lavaud morre aos 70 anos em Santos - S.P. no dia 02 de outubro de 1913 - Conforme noticiado no jornal "CORREIO PAULISTANO" de sexta feira 03 de outubro de 1913 - Dimitri estava com 31 anos quando seu pai faleceu





Descritivo da imagem acima: Noticia no jornal "CORREIO PAULISTANO" da morte do barão Evariste



Em 14 de maio de 1915 a mãe de Dimitri, Alexandrina de Bogdanoff contrai matrimônio com o dr. Enrique Fuenzalida então Consul do Chile - conforme noticiado no jornal "CORREIO PAULISTANO" de sábado 15 de maio de 1915.





Descritivo da imagem acima: Noticia no jornal "CORREIO PAULISTANO" Nupcias Alexandrina de Bogdanoff com o consul do Chile



Em virtude de suas pesquisas, Dimitri foi condecorado em 1925 como Cavaleiro da Legião de Honra da Academia de Ciências de Paris. -

Durante a Segunda Guerra Mundial, chegou a ser preso pelos alemães para que contribuísse com conhecimento tecnológico, sendo solto em 8 de junho de 1945, após 8 meses de prisão graças ao esforço da diplomacia brasileira.

Em dezembro de 1946 é julgado na França acusado de colaborar com o Regime Nazista





Descritivo da imagem acima: Noticia no jornal "JORNAL DE NOTICIAS" domingo 15 de dezembro de 1946 - Julgamento de Dimitri na França.



Sua última invenção foi desenvolvida em 1946: a embreagem elétrica para automóveis. Faleceu no ano seguinte, em Paris aos 64 anos de idade.

Seu corpo está enterrado no cemitério de Neuilly sur Seine, próximo de Paris.


Galeria Fotos

Titulo: A esquerda família Ferre, ao centro família Sensaud de Lavaud, a direita Antonio Agú e amigo.

Titulo: Em 1903, Dimitri casa-se com a brasileira de ascendência francesa Bertha Rachoud, nascida em Campinas, com quem teria os filhos Georgeth, Robert e Gabrielle.

Titulo: Dimitri Sensaud de Lavaud

Titulo: Dimitri e sua esposa Bertha Rachoud

Titulo: Alexandrina de Bogdanoff (mãe do Dimitri)

Titulo: A mãe e os filhos de Dimitri

Titulo: Certidão de Casamento de Dimitri

Titulo: Certidão de Nascimento de Dimitri

Titulo: Aquarela mostrando a Vila Sascha (casa onde morou Dimitri antes e após o seu casamento - Aquarela do artista e historiador José Luiz Alves de Oliveira (Bico de Pena)

Titulo: Ilustração mostrando a vila Sascha e seu entorno - a grande rua ao centro é a Rua Primitiva Vianco

Titulo: Breve fotos

Titulo: Breve fotos





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