A Cidade de São Paulo no final do século passado, começa a deixar de ser Vila para, pouco a pouco, se tornar uma Metrópole. As várzeas dos rios Tietê e Pinheiros forneciam a matéria prima para a fabricação de tijolos e telhas.
Olarias se avizinhavam nas várzeas dos rios de Guarulhos a Parnaíba no Tietê e de Santo Amaro ao Jaguaré pelo rio Pinheiros.
João Pinto Ferreira era um comerciante de secos e molhados no bairro da Luz.
No ano de 1881 ele compra um sítio no Km. 16 da Estrada de Ferro Sorocabana de
Francisco Correa Cerpellos. Este sítio ia do córrego Bussocaba ao córrego João Alves e seguindo este último até a divisa das terras de Domingos José Nogueira Jaguaribe Filho e descendo pelo córrego Bussocaba até encontrar o rio Tietê.
Em 1885 João Pinto Ferreira permuta com José Manuel Rodrigues uma pequena parte de seu sítio por uma loja na antiga Rua dos Italianos atual rua José Paulino próximo à Estação da Luz. Esta propriedade é hipotecada a José Mariano e com este dinheiro é construída a olaria próxima a Estrada de Ferro Sorocabana, Km. 16. Os tijolos fabricados por esta olaria eram os mais simples.
A economia brasileira começa a sua convulsão cíclica e há neste momento a república e a abolição bem como, a fragilidade do imperador começam a dificultar novos investimentos, e até o pagamento das dívidas. Pressionado pela hipoteca de José Mariano, João Pinto Ferreira vende em 1887 ao italiano Antônio Agu a olaria.
Antônio Agu era empreiteiro e grande parte dos oleiros que São Paulo dispunha neste tempo eram italianos. Em 1889 Antônio Agu e seu sócio Antônio Vianco contratam Giacomo Fornazari para que a olaria produza tijolos, telhas e ladrilhos. Do que produziu esta olaria restam hoje apenas os tijolos.
A imigração cresce e a revolução industrial avança. Antônio Agu vê a necessidade de trazer tecnologia para a sua olaria e a forma encontrada foi arrendar para o Barão Evariste Sensaud de Lavaud, engenheiro cerâmico, a sua olaria. Em 1898 o contrato de arrendamento exige a construção de um forno de fogo contínuo. Esse tipo de forno só era conhecido na Europa e a sua construção exigia o conhecimento de matemática e física. O Barão Evariste conhecia jazidas de caulin da Europa e do Oriente Médio. Seu fascínio pelo processo cerâmico de construção o levara a países como Espanha, Turquia, Rússia e Grécia. A simples olaria passa em 1900 a ser a Sensaud de Lavaud e Cia. (Cerâmica Industrial Francesa).
Hagop Garagem e Jesus Rodrigues Domingues Neto |
Parabéns Hagop! Quero deixa-lo mais curioso ainda.
Há 34 anos passados com 14 anos eu entrava para trabalhar na Cerâmica Indústrial de Osasco (Hervy).
Trabalhei na seção de retoque e acabamento. Depois fui transferido para o Laboratório de Análises Química, como Auxiliar de Laboratório.
Na época o jovenzinho recém formado em Química Indústrial Antônio Júlio Baltazar (Equipe Furacão nos Esportes) era o Chefe Geral. Quando dava a hora do almoço nós (eu e outros colegas da época) íamos brincar de salva no baixo da Cerâmica Hervy, ou seja, dentro desses fornos que eram verdadeiros tuneis ligados um no outro. As vezes a gente se perdia para voltar a trabalhar de tantos que tinha.
Esses foram os primeiros para fabricar tijolos e manilhas vitrificadas. Depois quando começou a produção de louca, ou seja, bacia, bidê e lavatório foi construído o Forno a Óleo Diesel que também está enterrado lá.
Para vitrificar uma bacia de louca era preciso chegar a 1000 graus de caloria. Os fornos comuns não conseguiam atingir medido pelo Pirômetro essa temperatura. Quando a produção começou a crescer e a Hervy dominar o Mercado foi Construído o forno elétrico, moderno, tijolos refratários em forma de uma meia lua e puxado por pistões alocados debaixo do Forno. Daí a produção aumentou e quase não vencia a demanda. Eu andava debaixo desse forno pois lá aquecíamos as miniaturas de peças que produzíamos para carimba-las com o nome Hervy e depois leva-las a Mufla a 670 graus para fundir a letra e depois presenteá-lo aos consumidores. Esse Forno Elétrico atingia a elevada temperatura de 1250 graus centigrados, isso no meio dele, pois sua extensão era de 250 metros aproximados. Começava os carrinhos com 10 graus no início e ia a 1250 graus no meio. Quando saia a peça do outro lado já estava pronta e se podia pega-la com luvas e classifica-la de 1,2. ou refugo. Esse forno terminava onde foi colocada a Seção de classificação e retoque.
Agora quando começaram a derrubar o Prédio da Hervy ninguém perguntou a ninguém o que existia mesmo ali. E vai dar muito trabalho para a escavação pois os túneis ainda estão lá, depois o Forno a Óleo e Depois o Forno Elétrico.
O Dono na época era o Francês Jean Claude de Habeil Heimann. Gostava de apostar em cavalos e as vezes deixava a gente sem pagamento pois perdia nas corridas de cavalo. Jóquei Clube de S Paulo. Era uma farra do Boi seus dirigentes.
Sai em 1966. quando a Hervy tinha entrado em concordata com o Comércio pois estava falindo. Fui trabalhar na Brown Boveri porque naquela época as fábricas procuravam na Várzea bons jogadores de futebol para montar uma Equipe forte e competir com Cobrasma, Wilsom, Ford e etc. Eis um pequeno pergaminho da história dessa grande Hervy. Nosso Monumento histórico de Osasco que delapidado sem a menor ciência do que ela representava para a história da cidade.
Obrigado Hagop Koulkdjian Neto. Só vc. poderá recuperar um pedaço de nossa história da Hervy pois muito foi destruído antes de nós.
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O contrato de arrendamento da cerâmica foi lavrado em 20 de abril de 1898. Nessa época, a olaria tinha: “Duas fábricas, sendo uma de telhas a imitação das francesas, telhas nacionais e ladrilhos e outra de tijolos”. O arrendamento compreendia as duas fábricas, formas, galpões, máquinas, utensílios, animais e carros. A construção destas duas fábricas ficava a 25m do eixo da linha férrea. Ligado a esse arrendamento, estava também uma área de 40 mil metros quadrados, onde se encontrava a escavação para a retirada de argila. Através de estudos, supõe-se que este local fique onde hoje está a praça 8 de Maio, no Jardim Bela Vista.
O arrendamento foi feito por 10 anos, a iniciar-se a 1º de maio daquele ano. Ao Barão Evaristhe ficava a obrigação de pagar doze contos de réis por ano ao locador Antônio Agu. O pagamento deveria ser feito através de prestações trimestrais de três contos de réis. Já o locatário ficava com todo o produto existente na fábrica, tanto cru como cozido, sendo que a importância dos produtos seria paga ao arrendatário em 90 dias.
Para mudar os galpões já existentes, o Barão poderia mudá-los de lugar (como de fato o fez), mas não podia desfazer-se deles. Ficava também por conta de Evaristh o pagamento dos impostos. Outro direito do locador era deixar ou não o doutor José Feliciano de Almeida Rosa passar nos terrenos arrendados junto a olaria, bem como permitir que o fabricante de vinho Pierre Darriet continuasse com sua fábrica de vinho nos terrenos da olaria.
Todas as benfeitorias realizadas pelo arrendador nesses dez anos ficariam pertencendo ao proprietário, terminado o prazo do contrato. No entanto, o locatário poderia dispor de toda a argila e areias encontradas nos terrenos arrendados, não só para fabricação dos produtos como para vender.
Uma das cláusulas deste contrato usada pelo locador foi a do valor total da fábrica, bem como a forma de pagamento. 50 contos de réis, na ocasião de lavratura da escritura de compra e venda, 50 contos de réis no fim de dois anos e mais 50 ao fim de três anos, contados da data em que esta escritura de compra e venda fosse assinada em cartório. Os juros seriam de 1% ao mês, tendo como garantia os imóveis existentes. Caso o Barão fizesse sociedade com outras pessoas, o locador, Antônio Agu, se comprometia em aumentar o preço de compra para 150 contos de réis, sendo que 100 contos ficariam para a “formação do capital da sociedade”. Desta forma, a indústria custaria na verdade 50 contos de reis.
Neste contrato, o detalhe mais importante é a obrigação do Barão Evaristhe Sensaud de Lavaud em construir um forno de fogo contínuo. O forno não só era uma tecnologia de ponta para a época como também aumentava em muito a quantidade e a qualidade da produção. Claro que o forno não vingou como tecnologia no Brasil, pois era necessário um foguista durante 24 horas para cuidar da queima dos produtos. E o trabalho do foguista era organizar os produtos dentro do forno, colocar lenha e manter o fogo a uma determinada temperatura. Após a queima, os produtos aguardavam em média de 10 a 12 horas para o resfriamento. Depois, eram retirados dos fornos.
O barão construiu e manteve um forno de fogo contínuo por alguns anos. O sistema do forno chamava-se Sensaud e tinha 22 compartimentos para queimar tijolos e telhas; 47 metros de comprimento por 7m de largura e 3 de altura. As dimensões do forno são fornecidas por Antônio Francisco Bandeira Júnior, em seu livro “A Indústria no Estado de São Paulo em 1901”.
Em cinco anos, a tecnologia do fogo contínuo foi substituída por fornos semi-contínuos e intermitentes. Para construir o seu primeiro forno de fogo contínuo, o Barão teve de arrumar capital para investimento. É na busca desse capital adicional que surge a firma Sensaud de Lavaud & Cia.
O contrato social desta firma deu entrada na Junta Comercial em 27 de maio de 1898. A empresa era composta por Sensaud de Lavaud, Joseph Levy Freres, Hermann Levy e Arthur Kalm, todos franceses.
O objetivo da empresa era fabricar o granito artificial para calçadas e também explorar as patentes Duprat e as de invenção de Sensaud de Lavaud. Todas essas patentes de invenção deveriam ser ensinadas ao filho de Sensaud de Lavaud e aos demais sócios.
Toda a parte técnica era de competência do engenheiro cerâmico Evaristhe, bem como o gerenciamento da fábrica, que, por sua vez, entrava no negócio com 30 contos de réis. O valor foi imediatamente entregue ao sócio Sensaud de Lavaud.
O Barão de Lavaud teria o salário de diretor de 500 mil réis, ficando com o direito à lenha para seus serviços domésticos, assim como iluminação.
A empresa Light and Power só trouxe energia elétrica para São Paulo a partir de 1900, quando foi inaugurada a Usina Hidroelétrica Edgar de Souza. Antes, a luz era de gerador movido a vapor.
As patentes trazidas pelo Barão passavam a ser de propriedade da sociedade para toda a América do Sul, e seu valor estava avaliado em 50 contos de réis.
Dos lucros da sociedade, corresponderia ao Barão 65%. A partilha desses lucros se faria em 31 de dezembro de cada ano. Dos 30 contos de réis fornecidos pelos sócios à sociedade, pagaria 8% de juros ao ano.
Em caso de morte do Barão, quem poderia substituí-lo era o seu filho Dimitri Sensaud de Lavaud. Caso os sócios quisessem dispensar a presença do filho, deveriam pagar à viúva e ao herdeiro, o valor total das patentes trazida por Lavaud para a sociedade - isto é, 50 contos de réis. Outra quantia a ser paga aos herdeiros do barão eram os lucros da empresa no ano de seu falecimento.
Uma figura jurídica interessante instituída através do primeiro Código Comercial brasileiro e que também se fazia presente nos contratos comerciais e industriais dessa época, era a do árbitro. Parágrafo Único: “ (...) e qualquer dúvida que possa surgir entre os sócios não será nunca resolvida por decisão. Cada uma das partes designará um árbitro, os quais, na falta de chegarem a um acordo, nomearão um terceiro, com voz deliberativa e que julgará definitivamente e sem apelação”. Era perfeitamente legal chamar pessoas leigas em legislação, mas do ramo e de bom senso, para decidir dúvidas nas sociedades.
Após ter o Barão conseguido formar a sociedade, e, através dela, financiamento para as melhorias que julgou necessárias, o arrendatário Antônio Agu fez lavrar um novo contrato de prorrogação do arrendamento.
O documento, escrito em setembro de 1899, exigia a construção de mais um forno de fogo contínuo, em troca da prorrogação de prazo do arrendamento por mais cinco anos. O segundo forno deveria ter 20 repartições, ser construído em seis meses e, no final do contrato, ficar pertencendo ao locador, sem indenização alguma. É claro que semelhante loucura não foi feita.
Dinheiro vai, dinheiro vem, e as coisas para Antônio Agu não saíram tão baratas como apontavam as escrituras anteriores. Ou então, no ano de 1900, os ex-sócios do fundador descobriram que tinham mais direitos financeiros do que lhes havia pago o sócio capitalista. Assim, os primeiros sócios de Antônio Agu (Antônio Vianco, genro e primo de Agu, e Giácomo Fornasari) lavraram uma escritura pública de destrato comercial. Este contrato de sociedade foi lavrado em 1º de agosto de 1894, em escritura particular, e tinha por objetivo: “(...) sociedade agrícola e industrial, para o fim de tratar do plantio de videiras, fabricação de tijolos, criação de gado e outros místeres, na fazenda denominada “Villa Osasco”, sita na Estação de Osasco. Retiraram-se da sociedade os sócios Antônio Vianco e Giácomo Fornasari, que receberam de Antônio Agu a quantia de 10 contos de réis.
Ao leitor, pode ficar a dúvida sobre a importância da indústria cerâmica nacional para aquela época. Assim, transcrevemos os comentários de Antônio Francisco Bandeira Júnior, que analisou as indústrias paulistas em 1900.
“A importância da indústria cerâmica, apesar dos impostos federais prejudicarem-na, facilitando a introdução de similares estrangeiros, ainda assim, tem crescido de modo considerável, tornando-se pela qualidade da argila e pela perfeição do fabrico superior às de Marseille e de outras procedências européias e norte-americanas. As telhas, os tijolos, os canos para serviço de água, esgoto e higiene, de Vila Prudente e de Osasco, impõem-se pela superioridade e qualidade da produção, a que o Congresso Nacional, com relação a São Paulo, pelo menos, dificulte quando possível a importação desses produtos. Nas mesmas condições, estão os ladrilhos, mosaicos e objetos de uso doméstico, de serviço de higiene de estabelecimentos cerâmicos da ordem dos que se acham na Villa Prudente e em Osasco. A Villa Prudente era uma localidade deserta, criada pelos irmãos Falchi em menos de 10z anos. É uma vila fabril, cheia de vida e de trabalho, ornada de belos edifícios, com comércio local relativamente desenvolvido.
Osasco é uma das mais importantes estações da Companhia Sorocabana, pelo progresso que lhe imprime a fábrica fundada pelo hábil industrial, o engenheiro Sensaud de Lavaud, que além de objetos iguais aos de Bordallo, em Portugal, fabrica tudo que importamos para serviços de higiene e construções”.
Os negócios iam bem para o Barão de Lavaud, até que resolveu comprar, em 1900, um bonito terreno de 2.543 m², de frente para a rua Primitiva Vianco e de fundo para a rua Dell’Ácqua - atual Antônio Agu. Nesse mesmo ano, o Barão resolve também aceitar em hipoteca o sítio do Rio Pequeno, depois loteado pela própria cerâmica, dando origem ao bairro de Presidente Altino.
Quando os sócios do Barão perceberam as suas transações imobiliárias, houve uma mudança radical na sociedade, que ficou expressa em um segundo contrato social.
Lavra-se um novo contrato social da firma Sensaud de Lavaud & Cia., e neste, o Barão perde muitas de suas regalias. Nela, consta:
“A administração dos negócios da sociedade será feita de comum acordo entre todos os sócios, ficando contudo, particularmente a cargo do sócio Sensaud de Lavaud, a fabricação dos diversos produtos, e a cargo dos sócios Joseph Levy Freres & Companhia a venda dos mesmos e todas as questões financeiras, não podendo, porém, nenhuma operação de importância superior a 10 contos de réis ser efetuada sem que todas as partes contratantes estejam de perfeito acordo”.
Metade dos poderes que o barão tinha na sociedade foi por água abaixo. Mas o pior ainda estava por vir: “Para socorrer as suas despesas particulares, a sociedade concede a Evaristhe Sensaud de Lavaud a quantia mensal de um conto de réis, que será levada a débito 'despesas geraes' da sociedade, quantia esta que não poderá ser excedida sob pretexto algum (...)”.
Os sócios do Barão passaram a ter o prêmio de 10% ao ano sobre o capital investido, enquanto o juro anterior era de 8%. Seu capital social é reduzido à metade, isto é, 25 contos de réis. E as patentes Duprat passam a ser propriedade exclusiva da sociedade. O nome Sensaud de Lavaud & Cia passa a ser proibido nas cartas de fiança, garantias e endosso estranhos à sociedade, sob pena de nulidade do documento.
Resultado: o Barão deixa de ser um sócio confortável de 50% para ter apenas 20% da sociedade. Estava ele também proibido de se interessar ou de se associar a qualquer outro negócio estranho ao da sociedade. Todas estas restrições só seriam revistas em um novo contrato, em 1904.
Mesmo com todo esse prejuízo, o Barão não se intimidou em sua qualidade de produção. A ex-olaria de Antônio Agu tornara-se uma Fábrica de Materiais de Água e Esgoto. Nela, fabricava-se tijolos para calçamento, sistema Sensaud (calçamento do futuro), manilhas para encanamentos, sistema privilegiado para água e esgoto, vasos sanitários, juntas e curvas, além de tijolos refratários e de todas as classes e dimensões para construção.
Também se produzia telhas, no sistema nacional de Bourgogne e francesas. Em todos os segmentos da produção industrial, a tecnologia particular do engenheiro cerâmico de Lavaud terminou se impondo aos concorrentes pela altíssima qualidade. Ainda que os sócios não concordassem com seus gastos, o Barão tinha na sua fábrica (enquanto esteve como responsável técnico pela produção) a melhor tecnologia disponível.
Hoje em dia, a Cerâmica Industrial Osasco Ltda. ainda existe, porém com produção reduzida e com o nome fantasia "Hervy" (referente ao nome de seu Diretor Comercial, Hermman Levy). A empresa conta com uma nova fábrica na cidade paulista Taubaté, num terreno de 250 mil m2.
Do enorme número de olarias existentes apenas 3 passaram a ser indústria cerâmica. Concorrendo com materiais importados estas indústrias conseguem abastecer o crescente e próspero mercado brasileiro. Sua linha de produção atinge um ponto comum quando em 1905 elas passam a fornecer manilhas para o governo do Estado de São Paulo.
A Sensaud de Lavaud e Cia. Produzia: tijolos comuns, tijolos prensados, refratários e porosos. Telhas francesas, ladrilhos e manilhas. Para que essa diversidade de produtos fosse feita era necessário todo um complexo industrial. Destaca-se neste complexo o conjunto de fornos intermitentes e semi contínuos.
No período entre 1900 a 1912 o bairro operário é conhecido em São Paulo graças ao complexo industrial da Sensaud de Lavaud e Cia. Em 1910 a Sensaud de Lavaud e Cia. Adquire da herdeira de Antônio Agu, Giuseppina Vianco, por 10 contos de réis todo o complexo arrendado.
Dois anos depois deixa de existir a Sensaud de Lavaud e Cia. Que passa a chamar-se Cia. Cerâmica Industrial Osasco S/A. O Barão Evariste vende sua parte para os irmãos Pujol e Hermann Levy. Esta mudança se dá também na linha de produção, tijolos e telhas não são mais produzidos, senão para suprir algumas necessidades.
O complexo de fornos passa por uma evolução em seu sistema que permanece até 1962 quando a fábrica de manilhas é fechada.
Hagop Garagem agradece ao amigo, presidente da Ordem dos Emancipadores de Osasco, Sr. Jaime Durigon que gentilmente disponibilizou esse álbum que foi digitalizado em 28/07/2025
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